GESTÃO ÁGUAS NO MINHO: SÓ 4 CONCELHOS PERDEM MENOS DE 20% DE AGUA NA REDE.
Vieira do Minho não cobra aos seus munícipes 27,8% da água que coloca na sua rede e 58,2% da água que é colocada na rede não é faturada.
Nos 24 concelhos, do distrito de Viana do Castelo e Braga, apenas quatro conseguem ter uma avaliação “boa”, pela Entidade Reguladora do Setor das Águas e Resíduos (ERSE), no indicador percentagem de água não faturada.
Esta informação vai ao encontro ao “Relatório Anual dos Serviços de Águas e Resíduos em Portugal” (RASAP), de 2019, publicado pela entidade reguladora.
Os concelhos que conseguem esta avaliação positiva, têm uma percentagem de água não faturada abaixo dos 20% como o caso de Braga (13,8%), Barcelos (16,8%), Fafe (14%) e Viana do Castelo (18,5%). No concelho de Cabeceiras, 74,3% da água captada, tratada, armazenada e distribuída não é faturada. Este é o caso em que a diferença entre a água captada é maior, entre os concelhos minhotos, mas são poucos os que ficam bem nesta análise.
Há dois concelhos numa posição intermédia, que a ERSE classifica como “mediana”, são concelhos que não conseguem faturar entre 20 e 30% da água que entra nas suas redes de abastecimento. Estão nesta situação Esposende, que não fatura 26,7% da água capta e trata e Vieira do Minho que não cobra aos seus munícipes 27,8% da água que coloca na sua rede.
A maioria dos concelhos do Minho tem uma avaliação “insatisfatória” com Vieira do Minho a destacar-se com 58,2% porque mais de metade da água que é colocada na rede, não é faturada ao munícipes.
O PS local, na última Assembleia Municipal de 15 de Setembro 2020, alertou Município de Vieira do Minho para a ineficiência na gestão eficiente do recurso de água, baseando-se nos relatórios da RASAP, cuja veracidade foi questionada pelo atual edil António Cardoso.
O deputado Pedro Pires, refere ainda num artigo publicado de sua autoria, que “ouvir um Presidente de Câmara dizer que não sabe onde é que a ERSAR vai buscar os dados apresentados é simplesmente vergonhoso. Um Presidente de Câmara que tem sob a sua alçada a gestão da água e desconhece estes dados está a ser negligente”
A nível nacional perde-se 30% da água
No total nacional a água não faturada atinge 238,9 milhões de metros cúbicos, o que representa 29,4 % do total de água que entrou nos sistemas.
A existência de água que não é faturada deve-se a perdas por fugas ou roturas, consumo não autorizado e consumo autorizado, mas não medido. Esta água não faturada depois de ter sido captada e tratada, implica um custo para as operadoras que naturalmente têm de o refletir nos consumidores, ou de o acomodar de alguma outra forma.
Além da questão económica inerente à não faturação da água que é colocada na rede, há também uma questão ambiental, já que água é, cada vez mais, um recurso escasso.
Segundo a Associação Zero, apenas 3% da água no nosso planeta é doce e a maioria encontra-se retida nas calotas polares e glaciares, restando apenas cerca de 0,7% acessível para as várias atividades humanas.
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