Projeto “A Minha Horta” realizou mostra de produtos e sessão pública de entrega de cabazes

Iniciativa realizada com o apoio dos Prémios BPI Fundação “La Caixa” – Infância

Julho 1, 2024
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A Santa Casa da Misericórdia de Vila Pouca de Aguiar encontra-se a dinamizar o projeto “A Minha Horta”, uma iniciativa inovadora e socioeducativa, que visa proporcionar experiências educativas diferenciadas às crianças, através do contacto direto com a natureza e o cultivo agrícola. Este projeto é apoiado pelos Prémios BPI Fundação “La Caixa” – Infância, contando com o apoio da Câmara Municipal e do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar.

Na passada sexta-feira, dia 28 de junho, a Santa Casa dinamizou uma Mostra de Produtos e Sessão Pública de entrega de cabazes. A Sessão foi aberta pelo Provedor da Santa Casa, Dr. Domingos Dias, que “o projeto tem tido um impacto muito positivo na região, ultrapassando as metas estabelecidas. As iniciativas têm contribuído para alcançar os objetivos delineados anteriormente, tais como: proporcionar experiências diversas que destacam o contacto com a natureza e a aprendizagem prática; explorar e desenvolver, de maneira lúdica, criativa e divertida, conceitos e competências; ver a natureza como um laboratório e um campo de descoberta onde as aprendizagens, brincadeiras, aventuras e vontade de explorar surgem de forma espontânea e natural; combinar liberdade e responsabilidade, através de atividades estruturadas ao ar livre, que despertam a curiosidade e o interesse, incentivam a assunção de responsabilidades, e promovem o sentido cívico e de urbanidade; incentivar o consumo de produtos hortícolas e frutícolas saudáveis, contribuindo para a melhoria dos hábitos e estilos de vida destas crianças”.

De seguida, tomou a palavra o Senhor Diretor do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar, Dr. Paulo Pimenta que enalteceu a iniciativa, bem como a dinâmica aportada pela mesma e o impacto positivo nas crianças participantes.

Encerrou a Sessão a Senhora Presidente da Câmara Municipal, Drª Ana Rita Dias, que felicitou os envolvidos no projeto, bem como as crianças que participaram de forma ativa e construtiva. A Presidente da autarquia sublinhou a importância de se promover o contacto com a natureza e referiu que esse mesmo contacto faz com que as crianças envolvidas tenham experiências únicas, que lhes conferem um conhecimento sólido, nomeadamente, sobre os produtos que se vendem nos supermercados. Por fim, demonstrou o empenho total da autarquia em colaborar em tudo o que fosse necessário para promover e estimular cada uma das crianças participantes e suas famílias.

A Mostra teve como objetivo dar a conhecer à comunidade todo o trabalho realizado pelos alunos do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar, com a coordenação dos técnicos do projeto (Engº Luís Teixeira e Drª Rita Costa). Por outro lado, a entrega de cabazes permitiu que os alunos entregassem aos respetivos séniores-mentores um cabaz com os produtos produzidos, designadamente alfaces, cebolas, batatas, nabiças, feijão verde, ervilhas de quebrar, morangos e muitos outros produtos.

A horta está organizada por temas, sendo que o principal são as hortas verticais, todas elas realizadas com produtos reciclados e de uma forma original. Por outro lado, há também um pomar, uma zona de frutos vermelhos, de produtos hortícolas, entre outros.

 Um Espaço de Vida e Aprendizagem

De acordo com Rita Costa, Psicóloga do Projeto, “a nossa horta é um espaço diversificado e produtivo, repleto de vida e cores. Temos árvores frutíferas como pereiras, macieiras e um marmeleiro, além de framboesas, morangos, melancias, meloas e tomates. Entre as leguminosas, cultivamos couves, alfaces, favas, feijões, espinafres, cenouras, nabos, ervilhas, cebolas, pepinos, alho francês, abóboras e chuchus. Contamos ainda com batatas, milho para pipocas e centeio.”

O contacto com ecossistemas naturais é essencial ao longo de toda a vida, sendo crucial proporcionar este contacto às crianças de forma lúdica e estruturada. Reconhecendo esta importância, “o projeto inclui atividades específicas para crianças, desenhadas para serem realizadas na natureza, com o objetivo de promover uma aprendizagem prática e, consequentemente, o desenvolvimento de competências pessoais e sociais fundamentais ao seu crescimento integral. As atividades lúdicas têm como base, por um lado, a aquisição de conhecimentos sobre o meio natural, que não são abordados no currículo escolar. Por outro lado, procuram desenvolver competências transversais, tais como: atenção, imitação, perceção visual e espacial, orientação espacial, memória e raciocínio lógico”, referiu Rita Costa.

Ao longo das sessões, serão aplicadas diversas técnicas, escolhidas em função do objetivo operacional a alcançar.

Sustentabilidade e Criatividade

Luís Teixeira, Engenheiro Agrícola responsável pelas sessões práticas, acrescenta: “Dedicamos um cantinho especial para as ervas aromáticas, como alecrim, coentros, salsa, segurelha, anis erva-doce e hortelã, que enriquecem os pratos com os seus sabores e deixam um cheirinho agradável na nossa horta. Também plantamos flores, essenciais para atrair polinizadores e embelezar o espaço, nomeadamente as sécias, os girassóis, hortênsias e uma japoneira. Além do plantio, reutilizamos materiais de forma criativa na nossa horta, transformando garrafões de plástico em vasos e utilizando madeira inutilizada para a construção da casa de apoio à horta. Utilizamos métodos criativos para afastar os pássaros, como o reaproveitamento de CDs e tampas de jantes de pneus (para fazer um sol) ilustrados pelos alunos, além da construção de um espantalho. Para facilitar a identificação das plantas, realizamos e pintamos placas identificadoras para cada cultivo.”

Inspiração no Método Forest School

Domingos Dias adiantou que “o projeto em questão encontra a sua inspiração no método FOREST SCHOOL para crianças, surgindo com o intuito de oferecer vivências únicas que destacam o contacto direto com a natureza e a aprendizagem prática, através da realização de atividades exploratórias ao ar livre.

A natureza revela-se como um cenário encantador para atividades que possibilitam a exploração e o desenvolvimento de conceitos e habilidades de maneira lúdica, criativa e divertida. Neste ambiente, encontramos uma ferramenta multifacetada, um laboratório e um campo de descoberta, onde as aprendizagens, brincadeiras, aventuras e o desejo de explorar emergem de forma espontânea e natural, com cada som que ouvimos e cada passo que damos, desenvolvendo competências, despertando os sentidos, a curiosidade e a vontade de aprender”.

Dimensão Intergeracional e Colaboração

O projeto “A Minha Horta” possui uma dimensão intergeracional, incentivando a colaboração dos seniores residentes na ERPI, para recuperar práticas agrícolas tradicionais, e culminando na entrega de um cabaz de produtos hortícolas, cultivados pelas crianças, a um sénior escolhido por cada criança.

Um Compromisso com a Comunidade

Com o envolvimento de 80 crianças dos 1º e 2º ciclos do ensino básico, divididas em subgrupos, as atividades do projeto serão realizadas semanalmente, sob a orientação de monitores especializados. O projeto conta com a colaboração da Câmara Municipal de Vila Pouca de Aguiar e do Agrupamento de Escolas de Vila Pouca de Aguiar.

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